terça-feira, 17 de abril de 2012

Ex-diretor da Cadeia de Sumé é preso por crime de peculato e corrupção passiva


Operação CamuflagemImprimirE-mail


Ex-diretor da Cadeia de Sumé é preso por crime de peculato e corrupção passiva

A 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil – Monteiro, dando cumprimento a dois mandados de prisão e dois de busca e apreensão, prendeu na tarde desta terça-feira (17) o ex-diretor da cadeia pública de Sumé – Alberto Limonta – e o presidiário Antônio Jailson – conhecido por Beto Barbosa.

O Delegado Regional, Danillo Borba, informou que a investigação se iniciou mediante uma requisição ministerial de instauração de inquérito (expedido pelo Promotor da Comarca de Sumé). Da requisição, constava que Limonta estaria cometendo vários crimes, dentre eles: Peculato, Corrupção Passiva e Abuso de Autoridade. Após uma investigação prévia, constatou-se que Limonta cometeria o crime de peculato, quando desviava os alimentos disponibilizados para a cadeia pública pela Secretaria de Administração Penitenciária e os vendia na feira de Sumé, tais como charque, arroz, ovos, óleo; o de corrupção passiva quando o ex-diretor recebia vantagens indevidas (em sua maioria dinheiro) para proporcionar regalias a alguns presos e o de Abuso de Autoridade se consumava, quando o diretor constrangia os detentos a praticarem atos a que não eram obrigados, impedindo-os de se comunicar com seus familiares por cartas, inviabilizando o direito constitucional a comunicação.

O delegado Rodrigo Monteiro, designado especialmente para apurar as denúncias, informou que as testemunhas e declarantes foram unânimes em confirmar as acusações contra o Ex-diretor e ainda informaram que outras testemunhas e informantes estariam se sentidas constrangidas a deporem na Polícia Civil contra Limonta, haja vista a atuação dele em cooptá-los. Por isso, disse o delegado, representamos pela prisão preventiva do ex-diretor e de “Beto Barbosa” para que possamos investigar mais a fundo, e sem amarras, os fatos delituosos e concluirmos o procedimento policial.

Indagado se a prisão de Limonta e de Beto Barbosa teria alguma relação com as denúncias de tentativa de estupro que o primeiro fez contra dois agentes penitenciários e um policial militar, o Drº Danillo disse: “esse outro fato está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Sumé, não podendo dispor de detalhes sobre a investigação, entretanto pode ser que Limonta tenha propalado essas acusações para desviar o foco da investigação que corre contra ele.”

A prisão de Limonta se deu no ônibus escolar da Cidade de Sumé, quando ele se dirigia para Campina Grande. Entretanto Delegado Regional Danillo Orengo teve conhecimento que o investigado estaria de mala pronta e iria se evadir, quando a Polícia Civil e Militar interceptaram o ônibus e deram cumprimento ao mandado de prisão em desfavor dele. 

Beto Barbosa continuará detido na cadeia de Sumé e Limonta será conduzido para a cadeia pública de São João do Cariri. Diante do cumprimento de mandados de busca, foram apreendidos na casa do detento várias alimentos, pertencentes à Cadeia Pública de Sumé, devendo ser autuado em flagrante delito pelo crime de furto. 

DENÚNCIAS DE ESTUPRO
O ex-diretor da Cadeia Pública de Sumé foi porta voz de uma denúncia na última terça-feira, 10 de abril, que duas filhas do presidiário conhecido por Beto Barbosa, preso na Cadeia Pública de Sumé, haviam sido estupradas por dois agentes civis e um policial militar.

As denunciantes são uma jovem de 18 anos e uma adolescente de 17, que inclusive está grávida. A denúncia é de que as garotas teriam sofrido os abusos no dia 3 de abril. Um dos agentes teria segurado a menor de idade à força, enquanto o outro dava cobertura. Já a maior de idade teria sido levada para a sala da direção da cadeia pelo policial militar.

Segundo a denúncia formulada pelas duas irmãs, elas teriam sofrido abuso sexual por parte de um policial militar e dois agentes penitenciários quando tentavam visitar o pai que está detido na cadeia pública de Sumé, cidade localizada a cerca de 281km de João Pessoa.

Um dia após as denúncias o Portal VITRINE DO CARIRI obteve a informação de que as denúncias formuladas pelas irmãs poderia ser uma armação para incriminar os policiais e que elas teriam o apoio de Alberto Limonta.

SOLIDARIEDADE
Mesmo diante das suspeitas de envolvimento do ex-diretor da Cadeia Pública de Sumé, algumas lideranças políticas do município de Sumé divulgaram nota com a imprensa emprestando solidariedade ao ex-vereador Alberto Limonta, exonerado do cargo de Diretor da Cadeia de Sumé na segunda-feira, dia 16.

Dirigentes partidários fazem manifestação em favor de ex-diretor da Cadeia de Sumé
Imprimir
E-mail



Um manifesto assinado pela vereadora Graça de Ostival (PPL), João Pereira Filho (PSDB), Genival Paulino (PDT) e Ivanilda Pereira (PT),distribuíram nota na manhã desta sexta-feira (13) para emprestar solidariedade ao Senhor Alberto Vilar “Limonta”, ex-dirigente da Cadeia Pública de Sumé, após denúncias de que duas filhas de um presidiário teriam sido estupradas por um policial e dois agentes penitenciários.

Confira abaixo a nota:

Os cidadãos paraibanos foram surpreendidos na manhã do dia 12 de abril de 2012 (pág. 20) com o afastamento do Diretor da Cadeia Pública de Sumé – PB, o Sr. ALBERTO VILAR (LIMONTA), em razão de graves denúncias formuladas por agentes penitenciários, servidores da Cadeia Pública deste Município, envolvidos no cometimento de suposto crime de estupro, noticiado na última terça-feira pela mídia estadual.

A população sumeense, em especial, foi testemunha da conduta exemplar de ALBERTO VILAR (LIMONTA), então Diretor da Cadeia Pública de Sumé – PB, em comunicar às autoridades competentes notícia de suposto crime de estupro ocorrido dentro da instituição prisional no último dia 03 de abril do corrente ano.

Acontece que a conduta irretocável de ALBERTO VILAR (LIMONTA) foi alvo do improvável: o seu afastamento da função de Diretor daquela unidade, o que causa comoção e indignação na população deste Município.

Tal afastamento da função de Diretor da Cadeia Pública de Sumé – PB nos deixa atônitos e nos faz concluir que o Brasil é o único país no mundo em que o cidadão correto é brutalmente injustiçado em fazer o que manda a Lei, afinal de contas, quem comunicou às autoridades suposto cometimento de crime é alvo de punição? Lamentável...

Todavia e ante a tal ato de manifesta INJUSTIÇA nos posicionamos em apoio a ALBERTO VILAR (LIMONTA), bem como em apoio à população sumeense, uma vez que a postura deste cidadão condiz com o histórico de luta e militância pelos direitos dos pobres deste Município. Alguém como ALBERTO VILAR (LIMONTA) não seria omisso diante do cometimento em tese, de crime tão repugnante, outrora noticiado.

Este é o perfil de ALBERTO VILAR (LIMONTA): defensor dos direitos do povo sumeense. Desde o exercício de seu mandato como Conselheiro Tutelar em Sumé - PB passou a ser conhecido como “aquele que não teme os poderosos”, “aquele que cumpre a Lei e faz o que é certo”, ocasião que culminou na sua eleição como Vereador deste Município no mandato de 2000 a 2004, sendo reconhecido o parlamentar mais atuante de toda a história sumeense (“aquele que NUNCA se vendeu”).

Nomeado Diretor da Cadeia Pública de Sumé – PB pela 2ª vez, ALBERTO LIMONTA aponta com a competência que lhe é peculiar, conduta irreparável e postura irrepreensível. PARABÉNS ALBERTO VILAR (LIMONTA)! Apesar da INJUSTIÇA cometida contra você, nós representantes dos partidos políticos PT, PSDB, PDT e PPL e a população deste Município se orgulha em ver em você um autêntico CIDADÃO SUMEENSE.
“A Justiça dos homens é falha, mas a JUSTIÇA de DEUS não falha e não tarda”.

JOÃO PEREIRA FILHO - PSDB
GENIVAL PAULINO (VAVÁ) - PDT
GRAÇA DE OSTIVAL – PPL (VEREADORA)
IVANILDA PEREIRA - PT


VITRINE DO CARIRI



Nenhum comentário:

Postar um comentário