Um ouvinte assíduo do Correio Debate em suas habituais participações, por telefone, faz uma observação muito procedente e que deixa os órgãos de fiscalização e auditores em xeque-mate: a imprensa tem estado à frente e cumprido o papel que compete a eles desempenhar. Grande parte das irregularidades é descoberta e comprovada pelos veículos de comunicação.
Faz sentido. Ora, se é certo e sabido, por exemplo, que os processos licitatórios, quase sempre são viciados e que têm até uma “ética de mercado” com percentuais fixos de porcentagem de propinas pagas pelas empresas beneficiadas com as facilidades, porque os órgãos competentes não investigam e agem com rigor.
A imprensa, observa o atento interlocutor, tem revelado e comprovado absurdos com base em análises de documentos. Documentos estes que passam pelas mãos de pessoas encarregadas de atestar a idoneidade das operações. Como se explica que tanta irregularidade passem desapercebidas por técnicos preparados para detectar o problema? E porque não há severas punições para os que cometem esse tipo de “displicência” ou “desatenção”?
Ao que parece, existe mesmo é uma conivência geral com a roubalheira cada vez maior no setor público. A famosa “ética de mercado” já foi assimilada por completo, para não dizer institucionalizada. Os acordos espúrios entre empresas participantes de licitações, mediante combinação de preços, são regras quando, no máximo, deveriam ser exceção e passíveis de investigação e punição.
Saindo – A jornalista Eloise Elane pediu exoneração da chefia da Assessoria de Imprensa do Ministério Público da Paraíba. Motivo: problemas de ordem familiar. Eloise exerceu a função por quase oito anos. Foi mantida no posto inclusive num período de transição de diretorias opostas. Eloise foi quem introduziu no setor uma estrutura compatível com sua finalidade. A Assessoria de Imprensa do MPPB é reconhecida, hoje, como uma das melhores do País no âmbito dos Ministério Públicos, superando até Estados do Sul.
Explicado – As dúvidas que restavam sobre o caráter incestuoso da relação da gestão de Ricardo Coutinho na Prefeitura da Capital com a empresa que instalou o Jampa Digital foram dirimidas. Os depósitos da empresa na conta de campanha diz tudo.
Ah, ta! – Os cínicos alegam que a empresa fez “apenas” 20 e tantos depósitos, cada um no “irrelevante” valor de R$ 250. Mas não é pelo tamanho do “presente” que se calcula o tamanho do deslize ético.
Um “luxo” – Um leitor levanta um questionamento com relação a uso de aparelhos de TV nos ônibus: empresas faturam este mimo? A concessão do serviço dá direito à empresa auferir renda com publicidade? A Prefeitura participa da divisão deste bolo? Quem é que escolhe para reprisar apenas programas da Globo? Este espaço não poderia servir para veicular mais campanhas educativas?
Será? – O deputado Luciano Cartaxo acredita que as divergências internas do PT estão superadas. Portanto, acredita que terá o apoio de todos os filiados e dirigentes petistas. Hoje ele protocola o registro de sua pré-candidatura à Prefeitura da Capital.
Projeto I – Muito oportuno o Projeto de Lei do deputado Caio Roberto que proíbe a cobrança de taxa ou tarifa de esgoto sem a prestação do serviço. Sobretudo os pessoenses reclamam porque pagam taxas sem dispor do serviço. Em suma: um assalto.
Agra – A coluna continua apostando que Luciano Agra vai reconsiderar a renúncia à pretensão de disputar a reeleição. Não por vontade própria, mas por convocação do PSB para que ele salve o projeto político dos girassois. É o único com chance de vitória.
Pro Senado – Ainda há quem avalie que o esquema oficial tem chance de eleger outro nome. Neste caso, ficaria Luciano Agra de Stand by para disputar uma vaga no Senado nas eleições de 2014. O homem tá cacifado!!
Exploração – Pessoas necessitadas de tudo estão sendo seduzidas pelo narcotráfico para “trabalhar”. O sujeito que está desesperado porque lhe falta tudo é tentado a entregar a droga. A fome tem mesmo cara de herege como dizia Zé Américo.
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