Policiais civis da Paraíba deram início nesta sexta-feira (27) a uma série de protestos em alerta para as deficiências existentes na área da segurança pública do estado. A Praça da Bandeira, no Centro de Campina Grande, recebeu as primeiras manifestações. Pedindo soluções para a violência, os organizadores colocaram cruzes pretas na praça, simbolizando os 175 assassinatos registrados pela Polícia Civil no ano passado na cidade.
Júlio César da Cruz, presidente interino da Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba (Aspol/PB), falou sobre os índices de criminalidade, citando o Mapa da Violência 2012, que cita João Pessoa como a segunda capital mais violenta do país. Segundo ele, em 10 anos a O representante argumentou que, atualmente, a Paraíba teria um déficit de 7 mil policiais civis para conduzir a demanda de trabalho. Além de reivindicar aumento salarial, ele citou que uma das alternativas para melhorar a situação seria a contratação, por parte do governo estadual, de cerca de 800 concursados que aguardam nomeação há três anos.
“A nossa principal meta é chamar atenção da sociedade para lutarmos por uma segurança com mais investimentos, onde policiais possam trabalhar dignamente e prestar bons serviços”, comentou.
Além dos escrivães, agentes de investigação e motoristas que compõem a classe, mães de vítimas de assassinatos participaram do protesto pedindo o fim da violência. A categoria também planeja realizar o movimento '#DiaNegroPB' no sábado (28) em João Pessoa, a partir das 9h no Busto de Tamandaré, localizado na Praia de Tambaú.
Em resposta à manifestação, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança Pública informou que as reivindicações da categoria estão sendo atendidas dentro das ações de melhoria da segurança no estado. O órgão citou, por exemplo, o reajuste concedido aos policiais depois de um período de cinco anos sem aumento.
Com relação aos concursados, a assessoria comunicou que 145 foram nomeados no ano passado e que novas convocações deverão acontecer gradativamente.
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