![]() Os tentáculos da organização eram discretos. Após o Rio Grande do Norte, começaram a se estender pela Paraíba utilizando semelhante tática aplicada no Estado: a corrupção de agentes públicos. No caso da Paraíba, há um aditivo: as fraudes são federais, porque os envolvidos no esquema burlaram o sistema eleitoral com doações irregulares. Foram R$ 495 mil doados, em condições ilegais, ao candidato do PMDB e então governador do Estado, José Maranhão, na tentativa de assegurar que ao grupo seria entregue o serviço de inspeção veicular ambiental. Todo o esquema na Paraíba, revelou o MP, foi igualmente monitorado pelo advogado e empresário George Olímpio. Uma interceptação telefônica revela que George Olímpio foi o responsável por doar ilegalmente R$ 600 mil. O propósito do grupo a princípio era fazer com que a Planet Business, que cuida do registro de financiamento de veículos, fosse contratada em regime emergencial na Paraíba, a exemplo do Rio Grande do Norte. Ironicamente, o grupo que administrava o Estado perdeu com uma margem apertada para a oposição. Isso não desmotivou a organização, que só desistiu de vez quando a atual administração da PB sancionou lei na qual determina que inspeções só serão feitas em veículos com no mínimo dez anos de idade. No RN, eram para todos. Outro problema que pesou contra o grupo foi aprovação de lei, determinando ao Detran, e tão somente a ele, a realização da inspeção veicular, sem terceirizações. Além da PB e RN, o esquema foi espraiado por Alagoas, Ceará, Pará, Minas Gerais e São Paulo, na qual o prefeito Gilberto Kassab teve os bens declarados indisponíveis pela Justiça por suposto envolvimento com o grupo. |
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Operação do MP aponta irregularidade em doação de campanha eleitoral na Paraíba
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