A sensação de insegurança não é um problema exclusivo de quem vive nas regiões mais populosas. Os moradores de pequenas cidades paraibanas também passaram a conviver com a ação de quadrilhas do crime organizado que promovem assaltos, explosões a bancos, venda de drogas e a prática da pistolagem. O problema se agrava no interior do Estado, onde faltam policiais e muitas delegacias apresentam problemas de infraestrutura.
Um dos exemplos mais críticos é o da delegacia de São Bento, no Sertão, ameaçada pela presença de formigueiros que provocam buracos nas paredes e portas. “O problema fica mais grave quando chove. Já perdemos vários equipamentos com a entrada de água”, contou o agente Antunes Ferreira. Ele conta ainda que os funcionários têm de fazer uma ‘vaquinha’ para adquirir produtos de limpeza.
A equipe policial sofre ainda com a presença das goteiras. Em uma das celas, parte do telhado já caiu e apenas uma grade enferrujada impede que os detentos pulem o muro.
A equipe policial sofre ainda com a presença das goteiras. Em uma das celas, parte do telhado já caiu e apenas uma grade enferrujada impede que os detentos pulem o muro.
Quando alguém está detido, um agente tem de ficar de plantão 24h na cela para impedir a fuga, já que a estrutura pode ser violada facilmente. Há ainda falta de viaturas. “A maioria das viaturas estão atrasadas e não estão emplacadas por isso não podem circular”, afirmou o agente Daniel Medeiros. Uma das celas em situação precária exibe um cartaz com a inscrição: “cela especial para menores”.
Em Solânea, no Brejo, a situação também é precária. A cadeia pública já foi interditada por riscos de desabamento e a delegacia enfrenta uma situação parecida. O prédio apresenta paredes rachadas, problemas de encanamento e banheiros com precárias condições de funcionamento.
Em 22 de setembro deste ano, três detentos conseguiram fugir da delegacia após abrir um buraco na parede com um pedaço de garrafa pet.
Em 22 de setembro deste ano, três detentos conseguiram fugir da delegacia após abrir um buraco na parede com um pedaço de garrafa pet.
No município de São Sebastião de Lagoa de Roça, no Brejo, o problema é a falta de comunicação. A delegacia não tem telefone e quando um policial precisa fazer uma ligação tem de se deslocar até a prefeitura e contar com a boa vontade dos funcionários.
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