Há quem diga que a possibilidade de uma greve geral na segurança pública da Paraíba está desencadeando o mesmo desejo nas polícias de outros estados. Policiais de Pernambuco já mandaram o ‘recado’ para o seu governo, no próximo dia 27 os profissionais do Rio de Janeiro farão uma ‘grande marcha’ por avenidas cariocas e a tendência é de que outras unidades federativas também se mobilizem nos próximos dias.
É claro que movimentos por melhoria salarial nas polícias sempre existiram no país inteiro. Mas a atual conjuntura mostra um ‘detalhe’ crucial: a Paraíba é o único estado com uma greve geral quase que declarada. E virou o centro das atenções.
O pior é que todas as gestões estaduais do Brasil já sabem que na Paraíba um pacote de leis foi aprovado pela Assembléia Legislativa, concedendo aos policiais, bombeiros e agentes penitenciários a equiparação salarial com os profissionais de Sergipe [e não do Distrito Federal, como dizem alguns].
Já sabem que as reuniões e mobilizações que se sucedem aqui têm um motivo, digamos, ‘autêntico’ de ser, já que foram os políticos quem criaram – e aprovaram – a ideia da “PEC 300 estadual”.
Até outubro de 2010, a briga dos policiais era com o Congresso Nacional, em prol da verdadeira PEC 300. Ninguém sequer sonhava em “PEC da Paraíba”. Mas eis que surgem governador, deputados e candidatos paraibanos para trazerem a nível local uma discussão que, como se previa, geraria um ‘fuzuê’ daqueles num futuro breve.
Agora o monstro cresceu e já bate à porta de outros estados. “Se o Executivo e o Legislativo da Paraíba podem aprovar uma lei concedendo o aumento, por que nós não podemos?”, perguntam-se Brasil afora.
Resultado: as decisões tomadas por políticos da Paraíba nas eleições 2010 podem, agora, resultar em greves espalhadas pelo aparato de segurança pública em todo o país, causando temor e apreensão em toda uma nação.
É de se perguntar: o que a opinião pública nacional poderá dizer sobre a política paraibana?...
ParaibaemQAP
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